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O audiolivro é a solução ideal para a falta de tempo e de hábito de leitura


Aos trancos e barrancos, o mercado editorial mantém-se otimista em relação ao futuro do livro: os crescentes nichos literários como e-book e audiolivros, estão cada vez mais conquistando novos públicos. Principalmente entre os millenials [nascidos entre 1981 e 1996] e a geração Z [a partir de 1997], que praticamente nasceram dentro do mundo digital. As plataformas de streaming de audiolivro estão de olho nessa galera e viram uma nova oportunidade, por exemplo, no tempo em que eles levam para se deslocar no trânsito de casa para o trabalho e vice-versa.

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, considera ‘leitor’ aquele que leu pelo menos um livro nos últimos três meses – inteiro ou em partes. Os dados revelam que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. Já a primeira razão apresentada pelos leitores como obstáculo para o aumento da leitura é a falta de tempo (43%). A transformação editorial do livro para áudio faz completo sentido dentro desse novo contexto, onde os podcasts estão cada vez mais em ascensão e tudo o que é mais prático e acessível atrai principalmente as novas gerações. O livro para carregar na mochila ou na bolsa durante o dia pode, enquanto o smartphone já virou um item indispensável, devido às suas multifunções. Inclusive, muitas pessoas que entendem a importância da leitura de livros para sua vida pessoal e carreira, mas não têm hábito de leitura, estão recorrendo ao audiolivro para se desenvolverem e, assim, aproveitarem os benefícios do conhecimento.

Recentemente, a jornalista Maju Coutinho deu voz à narração do audiolivro da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, intitulado Minha História. Maju afirmou ter sido uma experiência de identificação arrebatadora. Com cerca de 40 horas de gravação, a obra promete ser um best-seller. Dar voz ao personagem ou autor te envolve completamente para dentro da história, e com o público acontece o mesmo, além de gerar mais aproximação e empatia pela personagem ou escritor contar com a narração de uma voz já conhecida. Quem não se lembra da voz do jornalista, apresentador e locutor Cid Moreira: ele deu vida a diversas histórias com seu tom de voz emblemático e característico.

Gerenciar essa relação entre impresso, audiolivro e e-book pode não ser tarefa fácil, mas como profissional do mercado editorial, acompanho há anos essa evolução e constatei durante esse processo que existem públicos para todos os formatos. Assim como o livro impresso não entrou em extinção - e nem acredito que entre -, o audiolivro conquista o seu próprio nicho e abrange aqueles que buscam mais praticidade, possuem menos tempo livre e não estão habituados à leitura de livros. Portanto, os diversos meios editoriais conseguem coexistir.

Sobre Eduardo Villela

Graduou-se em Relações Internacionais e cursou mestrado em administração, ambos na PUC-SP. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou quase 600 livros de variados temas, entre eles comportamento, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infanto-juvenil e adulta. Trabalhou como editor de aquisições de livros universitários e de negócios na Editora Saraiva, editor de livros de negócios na editora Campus-Elsevier, gerente editorial de todas as linhas de publicações na Editora Gente e copublisher e diretor comercial na Editora Évora. Mais informações em www.eduvillela.com

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