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Pesquisa revela aumento no número de livros vendidos


A notícia da situação financeira das livrarias Saraiva e Cultura foi recebida com surpresa para muitas pessoas, mas para quem é do setor, o cenário já era há tempos anunciado. Nos últimos anos, o mercado editorial perdeu 25% do faturamento, de acordo com a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (Fipe) a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel). Eduardo Villela, que atua há 15 anos como editor e Book Advisor, acompanhou de perto o comportamento do mercado de livros no país e acredita que a raiz do problema está no modelo ultrapassado de relação comercial entre editoras e livrarias.

Diferente de outros segmentos da economia, a negociação comercial entre livrarias e editoras é regida pela consignação. “A consignação acontece quando as editoras enviam quantidades de exemplares impressos de seus livros para as livrarias – que não pagam nada por esses livros. Ou seja, elas não compram os livros, que continuam pertencendo às editoras. Elas simplesmente abrem espaços em suas prateleiras e demais móveis expositores e colocam ali as obras que receberam das editoras à venda”, explica Eduardo Villela, que além de book advisor.

Recentemente, a Indústria do livro fechou em queda pelo quinto ano consecutivo, é o que apontou um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgado neste semestre. De acordo com a análise, o segmento fechou 2018 em queda real de 4,5%. No último ano, o mercado editorial apresentou queda nominal de 0,9%, o que significa um decréscimo real de 4,5%, considerando a inflação do período. Entre os temas em destaque, o Subsetor da religião foi o que apresentou desempenho melhor entre ele. O setor de didáticos registrou queda real de 9,1% e o de obras gerais caiu 6,8%. “A pesquisa divulgada esta semana pela Fipe, complementa o cenário em que se encontra o mercado editorial brasileiro, apesar de revelar um aumento no número de exemplares vendidos não significa mudanças no valor pago pelo consumidor”, evidenciaVillela.

Para Eduardo, uma das principais razões que impulsionaram a queda dessas redes varejistas e de muitas outras livrarias, além do impacto negativo da consignação, são as falhas na reposição de estoque, a baixa qualidade do atendimento aos leitores nas lojas, a pouca variedade de livros e a falta de promoção de eventos. “Mudar esses pontos citados é, sem dúvida, um desafio que não se resolve da noite para o dia. É preciso que haja, sobretudo, uma mudança estratégica na gestão de grande parte das livrarias, deixando para trás um modelo falido de negócios que em nada contribui para o desenvolvimento do mercado livreiro no Brasil”, aconselha Villela. Eduardo Villela é book advisor e, por meio de assessoria especializada, ajuda pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Mais informações em www.eduvillela.com

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